sábado, 27 de fevereiro de 2010

não tô afim de falar, nem de explicar nada. Só cansei de tentar. Fodam-se.

sábado, 30 de janeiro de 2010

À BEIRA DO PRECIPÍCIO

Caros amigos e família.

Alguns me chamarão de fraca, tantos outros de egoísta, mas não estou aqui para me fazer de coitada, ou problemática, apenas abrir meu coração. Há dias não venho me sentindo bem com a minha realidade, nem com o mundo onde vivo, me sinto uma estranha nesse ninho, até brinco que só posso estar no planeta errado. Entristece-me ver a realidade das pessoas a minha volta, onde a superficialidade e o materialismo se tornou essencial na vida das pessoas. Seus sonhos e desejos já não são mais naturais da nossa espécie, adquirir e ser alguém moldado pelo sistema parece que se tornou primordial na vida das pessoas a nossa volta. Meus sonhos, desejos, prazeres e devaneios não são os mesmos da maioria. Alguns me chamam de louca, outros usam outros termos para expressar o mesmo sentido. Eu só queria ter paz, e liberdade para buscar e refletir minha essência, sem julgamentos. Mas parece que os olhos da sociedade agem como juizes conservadores, sempre prontos para apontar o certo e o errado, o bem e o mal. Estou cansada, exausta, e meu único desejo que resta é dormir e viver entre meus sonhos, onde até meus pesadelos parecem mais reconfortantes do que essa realidade ilusória. Há algo por trás de tudo. O cotidiano humano não me parece saudável, vidas pré-moldadas de uma falsa felicidade comprada. Eu nunca busquei felicidade, eu apenas alimentava meu equilíbrio e a felicidade me correspondia com um sorriso alvo. Minha busca sempre foi a iluminação. Hoje esgotada pelo declínio da minha esperança. É impossível continuar quando a esperança foge do peito. Tudo parece tão igual, robotizado, e sinto a fúria nos olhos deles por eu fugir dos padrões impostos. Eu tenho apenas 21 anos, alguns podem falar que sou uma mera menina, cheia de sonhos, com vontade de mudar o mundo, porém eu digo, sou uma menina que desistiu de seus sonhos, por não achar mais um sentido relevante para vive-los. Parte do meu coração aperta, me culpando pelo egoísmo. Sempre tive tudo, uma mãe que apesar da sua imaturidade me ensinou a ser alguém de caráter e personalidade forte, e um pai, que apesar de ser apenas um menino quando eu vim ao mundo, se esforçou ao máximo para me dar condições de me formar de forma integra, e tudo com muito amor. Meus avós me dedicaram tanto amor que não cabe nessas meras linhas tentar descreve-los, e minha gratidão por eles será eterna, assim como meus tios, que sempre me acolheram não como sobrinha, mas sim como uma filha. E apesar de tudo isso, continuei a me sentir um ser sozinho, incompreendido. Eu deito na areia e observo cada estrela no céu e me sinto tão pequena nesse mundo, que chego a conclusão que somos meros mortais, que nos achamos tão importantes, quando no fundo somos somente animais racionais, a busca de algo que nem ao menos sabemos o que é. Se viver em sociedade é fazer jogos psicológicos e tentar parecer melhor que seu próximo, não é desse tipo de mundo, de gente, que quero fazer parte. Quero fazer parte de um todo, mas isso torna tudo impossível, pois apenas uma pequena minoria tomou consciência que todos somos um, e devemos batalhar juntos para a evolução do nosso ser e da nossa humanidade. Fomos presenteados com um paraíso, de oceanos cristalinos e uma natureza de beleza extraordinária, mas nossos irmãos humanos (incluindo a nós mesmos) esqueceram da sua missão. A mercadoria devorou. Viramos seres guiados pelos desejos e prazeres, e com o único objetivo de alimentarmos nosso próprio ego. Fico grata, pois entre esse mundo de ‘dragões’ eu pude conhecer e conviver com anjos, que foi por eles que me mantive forte na minha curta jornada nesse desafio chamado vida. Fui presenteada com os melhores amigos que uma pessoa pode ter no mundo, Os Meus Meninos, que cuidaram de mim como irmãos, que me fizeram rir até sentir dor na barriga de tanta felicidade, me acompanharam nas visões das coisas belas do mundo, e encontrando a felicidade nas coisas pequenas da vida, apenas pelo fato de estarmos juntos e poder confiarmos um no outro de olhos fechados. Foi assim que descobri a lealdade. Também não poderia esquecer das Minhas Meninas, Mari, e Babi, ambas com o colo mais confortador que já conheci, os olhares e sorrisos dóceis, e a pureza na alma que me orgulha de um dia ter feito parte dessa união, e a bolha, sempre será nossa, não importa onde eu estiver. E foi assim que conheci o amor mais puro que possa existir: A amizade. Por ultimo, conheci um anjo, alguém especial que fez meu coração bater forte apenas de sentir sua presença, e que me fez perder a vontade de dormir apenas pra ficar admirando ele dormindo, com ele eu pude sentir a minha essência, a essência dele, e já não me senti sozinha mundo, pois sabia que ali, havia alguém de outro planeta, assim como eu. Alguém de coração puro, e uma alma evoluída e intrigante, repleto e completo. Não é querer me sentir superior ou inferior as outras pessoas. Somos seres humanos, sem hierarquia, apenas estamos em processos evolutivos diferentes, mas somos irmãos, filhos da mesma terra. Apenas chegou o momento em que não vejo mais sentido para um continuar. Não é depressão, não é tristeza. É um sentimento de impotência em relação ao meu destino, e o destino dos meus próximos. No último piscar de olhos, vou lembrar do brilho do olhar e do sorriso sincero de cada um que brindou comigo minha existência, foram momentos mágicos e inesquecíveis. Obrigada por alimentarem meu espírito, e me inspirarem nos dias de desespero. Talvez eu seja realmente fraca, ou tenha alguma impotência ao me relacionar com o mundo exterior, desculpem pelo egoísmo, mas eu só quero é paz. Fechar os olhos e nada mais, pois todo o resto já não faz mais sentido. Esse coração já não bate nem apanha. “...e aquele garoto que ia mudar o mundo, agora assiste a tudo em cima do muro...”. Chegou a hora de pular do muro.

sábado, 18 de julho de 2009

Simplesmente Bárbara

Meu peito comprimia com a ausência daqueles olhos brilhantes, onde residia minha paz, enquanto a brasa queimava o tabaco minha mente se inquietava com lembranças de um tempo que parecia tão distante, mas eternamente presente dentro de mim. Nunca pensei que o amor existisse de forma tão grande e majestosa, que a falta de tal pessoa doesse tanto na gente de forma quase física. Eu já não existia sem ela, e me entregava entre choros e saudades inflamadas no meu imo. Aquela menina tinha uma magia espontânea contaminava a todos, mudando todo o ambiente local como se transcendesse a todos a um universo de sonhos apenas com sua presença. A falta daquela alma na minha vida me debilitava e me deixava sem chão. Parece que minha vida antes dela era apenas um papel em branco, que ela, com sua chegada coloria cada folha do meu livro, entre rabiscos e risadas, tornando minha realidade cintilante e sua presença imprescindível. Talvez ela nunca saiba da real importância dela na minha vida, pois as palavras somem ao tentar relatar como ela é, e o que significa na minha vida, no meu destino... Ainda não inventaram palavras para traduzi-la, aqueles olhos azuis e seu sorriso alvo eram inexplicáveis, aos meus olhos não existia ser e alma mais perfeita, pois até suas imperfeições a tornavam magnificamente única. Fico confusa a buscar quem era eu antes dela, antes daquele dia quente de verão que marcou nosso primeiro encontro; Aquela luz dourada do poste que refletia o fim de uma noite de verão, repleta de sentimentos e sensações enigmáticas, cogitava-se ali um rosto comum a minha alma, que ria com leveza quando me surpreendeu me pedindo um beijo, assim de forma ingênua esquecendo todos a volta, ela me pediu um beijo, não sabia eu naquele momento preciso, que aquele toque de lábios marcariam minha vida pra sempre. Fui para casa com uma felicidade transbordante, mesmo que entre meus lençóis estivesse outro corpo presente. Naquele mesmo dia por acasos certeiros da vida acabei reencontrando minha sintonia perfeita, como ela mesma disse, conversávamos por telepatia, e nossa energia fluía perfeitamente num fluxo continuo, podíamos ser uma alma só, e eu sentia isso. Foram dias e meses inesquecíveis aqueles, entre abraços, risadas, e lágrimas na despedida. Me culpo ás vezes por ter sido fraca e não ter lutado para ter vivido mais tais experiências ao lado daquela única alma, e isso me corrói por dentro, a falta da sua presença. Entre choros e risos por saber que ela existe, e a certeza de que a amizade verdadeira é o amor maior que o ser humano pode atingir. Amar sem desejo, onde tais abraços se tornam o conforto mais evidente a alma, e a voz de alguém a melodia mais agradável aos ouvidos, a sensação se sermos um só, cúmplices de si. Compartilhando a vida no amor, tal amor que só ocorre entre irmãos que a vida nos presenteia. Meu amor não poderia ter outro nome, simplesmente Bárbara.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Equilíbrio Necessário


Lembro de cada traço daquele sonho, andava descalça pela floresta mágica sentindo toda energia da terra entrar pelos meus pés contagiando a vibração vivente em mim. Caminhava observando a natureza resplandecente a minha volta, seu perfume especifico seus sons que acalmavam minha mente e todos os habitantes daquele mundo fantástico, daquela dimensão em que eu estava presente. Foi quando eu ainda maravilhada com aquela energia me deparei com tal criatura que só poderia vir de outro mundo, ele tinha um sorriso doce, um jeito encantador que me deixava de certa forma atordoada, aquela essência que existia nele já me era comum, parecia que eu a acompanhei em outras vidas, e havia reencontrado parte de mim perdida. Sentia-me bem ao falar com ele, certa paz que seria impossível relatar entre linhas e palavras, era algo, além disso, além mim, dele, de nós. Certas coisas acontecem na vida e nos mostram que existe algo bem maior por trás do nosso simplório cotidiano, são surpresas que a vida nos no brinda, ou a pessoas cheias de surpresa que chega a ser uma espécie de uma honra conviver com tais criaturas divinas. Eu sei que era possível fechar os olhos e senti-lo presente mesmo com um oceano entre nossos corpos. Chafurdando cada pixel de memórias passadas na minha alma, me fazendo relembrar que aquela energia sempre esteve presente, e eu estava tendo a chance de reencontrá-la. Tudo naquela alma me surpreendia e me alegrava, e eu sentia um prazer enorme, apenas de saber que realmente existiam pessoas como ele, era como se o sol se abrisse num dia nublado, ou que a onda perfeita levantasse no meio da calmaria do mar. Sintonias aparecem de formas inimagináveis, e mudam todo contexto de nossas simples vidas, e torna tudo tão mais alegre. Como sorrir ao ver a lua, pois a gente sabe que mesmo em outro continente há alguém que também olha a lua e pensa em você, e antes de tudo, levar sempre no coração aquele que jamais sai do pensamento. Isso torna leve o destino, e nos dá força para continuar existindo. Existir apenas para contemplar as coisas e criaturas majestosas que o universo tem a nos oferecer, e jamais perder tais sintonias, pois não existe sentimento mais puro que esse, que faz meu coração sorrir sem pedir nada em troca. E o melhor ao acordar, é saber que todo esse sonho é real.

Dedicado ao Gabriel, uma das pessoas mais incríveis que conheci nesse mundinho (:

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Musicas que falam por mim

Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha [...]

sexta-feira, 22 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A menina

- Uma pequena fábula dedicada ao ser mais incrível que já conheci.

A menina trasbordava cores e sorrisos, dançava com os braços abertos com a melodia que tocava ao seu imo, as batidas alucinavam sua mente e acariciavam a alma da criança que habitava dentro dela, isso a realizava de tal forma que a menina sorria resplandecente, passando a todos a verdadeira energia que encontrava-se naquela alma. E não era uma alma qualquer, era um tipo de alma azul cintilante, que transcendia a órbita de seus olhos, de íris também azuis como sua alma. Eram olhos sinceros aqueles, cândidos e contempladores, que refletiam uma veracidade e um anseio por vida que causava em mim uma reação quase explosiva de querer viver e tela pra sempre comigo. Ela me contava histórias de onde vinha, e eu sabia que eu estava presente em seus mundos e histórias. Relatava-me nossas outras vidas, almas, e universos fantásticos. E a sintonia entre nós fluía serena, de certa forma, aos meus olhos a ligação entre nossas almas era divina.
Quando a tristeza vinha atormentar a minha essência, era só eu lembrar do som do riso da menina, se eu pudesse eu o teria guardado num frasco e o abriria um pouco cada vez que me sentisse sozinha, e aquilo acalantaria minha alma... Aquele riso tão descompromissado com um fragmento quase infantil me fazia lembrar outras épocas e aquecia meu coração. A menina andava com leveza, sorria com doçura e me olhava com cumplicidade. Cantava músicas que falavam de paz e balançava seus dreads de cor púrpura que fazia exalar pela atmosfera seu doce perfume de flores. Ela gostava de coisas que vinham da terra, ervas divinas que acentuavam sua energia pura que contagiava a todos e principalmente a mim. Juntas desenhávamos cores no ar, e criávamos asas onde podíamos voar sorrindo pelas nuvens. Sem rumo nossa risada se misturava e se tornava uma só, ecoando aos quatro cantos do mundo. Eu segurava em sua mão e logo a natureza se desvendava pra gente, e nós a contemplávamos, e ela retribua nos apreciando igualmente. Fazíamos bolhas de sabão num gramado verde entre cogumelos coloridos e os duendes entravam na nossa roda e cantávamos todos a mesma canção, dançávamos libertando os fantasmas distraídos, e o mundo girava envolto numa só energia: A paz.
A menina nasceu pra mim, e eu nasci pra ela. Pois somos feitas na mesma essência, vindas a terra com o mesmo objetivo, e unidas por um único e mais importante fator: O amor.

- à minha metade da alma, Babi.